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Por conta dos cantos homofóbicos, que ganharam força no segundo tempo, o duelo entre Corinthians x São Paulo precisou ser paralisado. Ainda que o alerta presente na Neo Química Arena tivesse solicitado que os torcedores não entoassem gritos preconceituosos, parte do público ignorou o pedido e seguiu-se ouvindo “Dessas bichas, teremos que ganhar”.
Neste cenário, André Rizek lamentou o momento que ganhou destaque no empate do Corinthians contra o São Paulo. Como o Timão ficou marcado na sua história por incluir o futebol em lutas sociais, o apresentador do Seleção SporTV questionou a alcunha de “time do povo”, tendo em vista o ato homofóbico no estádio.
“Bom dia. Não dá para o Corinthians se vender como time do povo, clube da democracia, das pautas inclusivas, contra o preconceito e sua torcida entoar cânticos homofóbicos ridículos da quinta série dos anos 1980, né? Ou é um clube diferente na prática, ou é apenas blá-blá-blá.”, escreveu Rizek no Twitter.
Como resposta, Rodrigo Vessoni, jornalista ligado ao Corinthians, acredita que não pode haver uma generalização. Isso porque nem todos os torcedores presentes na Neo Química Arena apoiaram os gritos, assim como houve protestos nas redes sociais.
“Torcida é muita gente, André. Jamais conseguiremos (e podemos) falar em nome da torcida (do Corinthians). Certamente uma boa parte erroneamente cantou. Mas nem todo mundo que esteve lá fez isso e milhões que nem estavam lá muito menos. E, quem esteve lá, como eu, sentiu ali uma revolta com o próprio clube em si. A locutora deu bronca (independentemente do tema) e boa parte pensou: ‘Os caras só fazem merda e ainda querem me dar bronca? Vou gritar mais alto’. Poderia ter sido sinalizador. E a reação seria igual.”, afirmou Vessoni.
Fonte: www.torcedores.com
