O Santos não conseguiu sair do empate sem gols contra o Coritiba na tarde deste sábado, no Couto Pereira, pelo Campeonato Brasileiro. O resultado aumenta a pressão e o jejum de vitórias do time.
Agora, o Peixe chega a oito jogos sem vencer na temporada, sendo cinco derrotas e três empates, além de duas eliminações (Copa do Brasil e Sul-Americana). No Brasileirão, o time caiu para a 13ª posição, com 13 pontos.
Em entrevista coletiva, Odair Hellmann admitiu que a equipe estava nervosa por conta da má fase. O técnico ainda lamentou os erros técnicos que afastaram o Santos da vitória fora de casa, mas viu uma melhora em campo a partir do segundo tempo.
“Primeiro tempo foi de dificuldade técnica das duas equipes. Foi um jogo de muita bola longa, com os dois times nervosos pelo momento que vivem. Não estou dando desculpas, mas o campo estava muito vivo, não estava molhado, e isso dificulta a parte técnica. Mas não foi só o campo. Não ficamos com a bola, marcamos pressão inicial e o Coritiba jogou com bola longa nas nossas costas. Tecnicamente fomos abaixo”, analisou o treinador.
“No segundo tempo sim, uns 30 ou 35 minutos nos impusemos, melhoramos tecnicamente. Primeiro tempo foi nervoso e sem o controle de bola, cometemos erros de posicionamento, de movimentação, mas entramos melhores no segundo. Fizemos um jogo melhor em relação ao que vínhamos fazendo, criamos boas situações. A situação de mais perigo no primeiro tempo foi do Santos, uma chance claríssima que, se entrasse, ia gerar uma tranquilidade maior. Temos que retomar o mais rápido possível nosso padrão, buscando equilíbrio entre parte tática e técnica para produzir o resultado”, concluiu.
O comandante também avaliou que o maior problema do Peixe no jogo não foi tático. Ele afirmou que a equipe estava perdendo a bola com facilidade, devido aos problemas técnicos, e isso gerou uma desorganização.
“Sofrer é uma palavra forte para o jogo de hoje, falando de organização defensiva. Eles conseguiram conectar algumas chances de bola longa, principalmente no primeiro tempo. Mas a correlação entre a parte tática passa pela parte técnica. Se a gente faz um jogo com foi o segundo tempo, tecnicamente, temos mais controle do jogo e ficamos mais organizados sem a posse de bola”, explicou.
“Tivemos controle do primeiro aos 30 minutos do segundo tempo, nós melhoramos a posse, e não a intensidade, organização e a parte tática. Estávamos em um jogo nervoso por si só, o campo não estava ajudando e tecnicamente não estávamos conseguindo trocar passes e ter a posse, fazendo o adversário baixar as linhas. Fizemos isso no segundo tempo, no primeiro nós recuperávamos a bola e perdíamos em seguida, com dois ou três toques, gerando uma desorganização”, concluiu.
O Santos, agora, ficará dez dias longe dos gramados por conta da pausa pela Data Fifa. Odair espera trabalhar com o elenco visando o próximo compromisso do time, contra o Corinthians. O clássico está marcado para 21 de junho, às 20h (de Brasília), na Vila Belmiro, pela 11ª rodada do Brasileirão.
