Em sua revisão semanal, divulgada nesta terça-feira (4), o Chefe da Comissão de Arbitragem da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) Wilson Seneme afirmou que Zé Ivaldo deveria ter sido expulso pela cotovelada em Endrick, no início da partida entre Athletico-PR e Palmeiras.
A partida na Ligga Arena, válida pela 13ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro, terminou empatada em 2 a 2. Após o confronto, o auxiliar técnico do Verdão, João Martins, detonou a arbitragem nacional e apontou que “é ruim para o sistema o Palmeiras ganhar (o Brasileirão) dois anos seguidos”. Além disso, Martins declarou que “na Europa, não veem jogos do Brasileiro porque parece mais teatro do que futebol”.
A conversa entre a arbitragem de vídeo e o juiz da partida, Jean Pierre Gonçalves Lima (RS), debateu apenas sobre a marcação da penalidade máxima — sem citar advertência por cartão vermelho.
“A gente vê o Jean Pierre em uma distância muito longa da ação. Espera-se que para ações profundas à área de meta, que o árbitro tenha uma aproximação maior para ele poder ver detalhes. Quando a gente toma uma distância tão grande como essa, tendo inclusive um jogador à frente dele — que pode bloquear o ângulo de visão —, torna difícil ele poder analisar essa jogada no tempo real. Por isso que, no final das contas, teve que haver uma revisão dessa ação”, apontou Seneme.
O Chefe da Comissão de Arbitragem apontou que Zé Ivaldo, defensor do Furacão, abandonou a disputa pela bola ao tentar bloquear a ação do atacante do Alviverde.
“Devemos avaliar esse tipo de contato — se é normal, faltoso, conduta violenta. A ação está dissociada da disputa pela bola. A regra é muito clara quanto a isso: cotovelo indo diretamente ao rosto e cabeça do adversário, é possível interpretar como conduta violenta. Se o braço não tivesse força suficiente, não seria conduta violenta. Essa ação deveria, sim, ter sido considerada como cartão vermelho”, justificou Seneme.
Jean Pierre usou a expressão “braço temerário” ao analisar a jogada na arbitragem de vídeo.
“Para ser “braço temerário”, ele deveria ter analisado uma disputa pela bola. Como não houve, ele teria que ter analisado uma possível conduta violenta, o que ele não fez. Eles acertaram tecnicamente, mas teve erro porque o jogador abandona a disputa pela bola e vai com o cotovelo na cabeça do adversário”, completou o chefe da CBF.
Seneme, por fim, oficializou que o juiz do Rio Grande do Sul entrará em processo de reciclagem.
“Vamos conversar com o Jean e ele vai entrar no Programa de Assistência ao Desempenho do Árbitro, passar por um período de análise para ele poder, enfim, trabalhar esses conceitos do que é conduta violenta”, finalizou.
Fonte: www.gazetaesportiva.com