Assim que o árbitro Andrés Rojas apitou o final da partida entre Palmeiras e Barcelona de Guayaquil, uma cena chamou atenção. Bastante eufórico, o técnico Abel Ferreira ‘invadiu’ o campo e, de maneira efusiva, bateu palmas para a torcida presente no Allianz Parque nesta quarta-feira (7).
Depois de sair perdendo por 2 a 0, o Verdão conseguiu a virada e a goleada no segundo tempo contra os equatorianos, em partida que garantiu a classificação antecipada do Alviverde às oitavas de final da Libertadores. Gustavo Gómez, Piquerez, Artur e Endrick construíram o placar em prol dos donos da casa.
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Na entrevista coletiva após o confronto, Abel elogiou muito a torcida presente no Allianz Parque e ressaltou a importância dos palmeirenses para o triunfo.
“(Bater palmas) foi a forma que tive de agradecer a energia que eles passaram a nossa equipe. O que eu sinto meus jogadores também sentem. Quando vi o primeiro gol entrando, no primeiro minuto (do segundo tempo), não me passou outra coisa na cabeça que não fosse dar virar o resultado — com a intensidade dos jogadores, com o apoio da torcida. Como eu disse, essa vitória é dos jogadores e dos torcedores. A forma que tinha de retribuir era batendo palmas. Sem eles, seria bem mais difícil”, afirmou o comandante alviverde.
Abel também aproveitou para, em outra ocasião, voltar a rasgar elogios ao torcedor palmeirense e, ao mesmo tempo, conter a euforia pela maneira com que a vitória foi conquistada.
“Hoje foram apenas 3 pontos, nós temos objetivos dentro da competição. Hoje foi uma noite mágica naquilo que levo para a vida: jamais desistir, aguentar a pressão, ter resiliência do homem, persistência de quem sabe onde quer chegar. Foi apenas uma vitória de uma equipe que jamais se rende”, disse.
“Uma vitória de uma equipe tem, no seu interior, uma persistência e intensidade que o nosso torcedor gosta. É a cara do nosso torcedor e, inclusive, um pouquinho da história desse clube. Resiliência, persistência, toda a história ao longo desses anos de alegrias e sofrimentos. E os nossos jogadores transportam esses valores para campo”, completou.
O técnico do Palmeiras, por fim, fez sua análise dos motivos que fizeram o Palmeiras sair atrás do placar e, também, sobre como o elenco do Verdão conseguiu a virada.
“A verdade é que foi uma primeira parte onde não entramos como devíamos, com intensidade. Fizemos um gol, mas foi anulado. Na primeira vez que o adversário chega, faz o gol. Tivemos a chance com Veiga de cabeça, não fez. Na sequência, fazem o 2 a 0. Ainda tivemos a oportunidade com o Artur”, detalhou.
“Chegamos no intervalo, mantive a calma com os jogadores, tivemos coisas positivas e outras não tão boas. Fizemos as alterações que tínhamos que fazer para arriscar. Acabamos, com qualidade, calma, intensidade e resiliência. O torcedor é a cara da nossa equipe, a nossa equipe é a cara deles. Estava com saudade dessa música [o Palmeiras é o time da virada, o Palmeiras é o time do amor] (risos). A magia acontece. Não sei quanto custou o ingresso hoje, mas é para isso que pagamos, para ver espetáculos como esses. É um orgulho ser treinador desses jogadores, dos torcedores. Hoje a vitória é deles”, finalizou Abel Ferreira.
Fonte: www.gazetaesportiva.com