Crédito: Reprodução
Durante o empate em 1 a 1 entre Corinthians e São Paulo, neste domingo (14), na Neo Química Arena, parte da torcida do time da casa soltou gritos homofóbicos. Walter Casagrande se posicionou sobre o episódio e pediu punições duras para casos de preconceito no futebol brasileiro.
“Se não tiver uma pena pesada, não vão parar porque não está prejudicando o clube. Todas as torcidas vão continuar gritando. Para esse torcedor, fica tudo bem, pois paga uma multa, faz campanha e depois volta tudo novamente”, lamentou Casagrande.
O árbitro Bruno Arleu de Araújo parou o jogo e o telão do estádio emitiu um comunicado pedindo o fim dos gritos da torcida do Corinthians, que continuou a entoar por um tempo.
“Não dá para suportar mais esse tipo de coisa. Algo tem que acontecer, muito rígido… O que pode ser? Jogar sem público, porque não adianta mudar o mando de jogo. Acho que cabe analisar perda de ponto e uma forte multa”, declarou.
O Corinthians pode ser julgado e até perder pontos após o acontecimento na Neo Química Arena. Casagrande prosseguiu lamentado:
“Tem que dar um basta de alguma maneira. O argumento que muitas pessoas usam: ‘Mas começou agora? Por que nunca falaram nisso?’ É o seguinte: o mundo mudou e as pessoas têm que se adaptar”, afirmou Casagrande. “O que há cinco, dez anos atrás as pessoas não tomavam posição, agora estão tomando e acabou. É crime, homofobia é crime”, concluiu o ex-jogador.
Corinthians emite nota oficial
“O Corinthians volta a repudiar veementemente os cantos homofóbicos relatados na súmula do jogo deste domingo (14). Como sempre, o clube alerta continuamente sua torcida, por meio de suas redes sociais e do sistema de som e de telões da Neo Química Arena, com esclarecimentos aos torcedores quanto a ilegalidade dessas condutas”, diz parte do comunicado.
Fonte: www.torcedores.com