Chefe da Comissão de Arbitragem da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Wilson Seneme analisou os principais lances da sexta rodada da Série A do Campeonato Brasileiro. O destaque, claro, ficou por conta da não marcação de pênalti no atacante do Palmeiras, Endrick.
O lance aconteceu aos 23 minutos do segundo tempo da partida no Allianz Parque. Endrick recebeu bola pelo alto, em profundidade, e conseguiu vencer a marcação de Eduardo. Com a bola ainda nas alturas, o atacante palmeirense tentou deslocar o goleiro Cleiton, mas foi empurrado pelo arqueiro rival e caiu dentro da área. Sávio Pereira Sampaio, árbitro da partida, entretanto, não marcou pênalti e alegou toque de mão de Endrick na jogada, o que gerou reclamações intensas de Abel Ferreira. Depois, a alegação deu conta de que Sávio Pereira Sampaio enxergou falta do atacante do Palmeiras na dividida inicial, antes mesmo da suposta bola na mão.
No áudio do VAR divulgado pela CBF, a arbitragem de vídeo viu, de fato, um ‘encontrão’ de Endrick no goleiro Cleiton antes mesmo da suposta bola na mão. “Segue a marcação de campo, de falta no início da jogada”, apontou Daniel Nobre Bins, responsável pelo VAR.
“A comunicação não foi legal. O árbitro, em princípio, como estava muito distante, alega que quem toca com a bola na mão é o atacante. E não é, é o goleiro. Ou seja — não sendo a mão do atacante, você se pergunta: ‘então foi pênalti, porque o goleiro agarra o atacante’. Só que antes do agarrão, o jogador do Palmeiras vai contra o corpo do goleiro“, apontou Seneme.
“Quando o atacante do Palmeiras busca esse deslocamento do goleiro, é para evitar que o Cleiton alcance a bola. E isso é uma infração. E é uma infração antes do pênalti. Ou seja: é pênalti? Sim, é pênalti. Mas antes disso, eu tenho uma infração — e o árbitro de vídeo observou esse detalhe. […] A gente pede que os árbitros não façam gestos se eles não têm certeza. Ele (Sávio Pereira Sampaio) fez o gesto de que a bola pegou no braço, e aí ele se comprometeu com algo que não existiu. Estava certo pela marcação da infração, mas errado pelo gesto”, concluiu.
Na visão do chefe da Comissão de Arbitragem da entidade máxima do futebol brasileiro, portanto, Sávio Pereira Sampaio acertou no lance ‘sem querer querendo’.
“E ás vezes, um treinador toma um cartão amarelo, como foi nesse caso, por não entender essa comunicação do árbitro. Precisa ser melhorada. Efetivamente, houve falta antes do pênalti — por isso que o árbitro acertou”, finalizou Seneme.
Em enquete realizada pela Gazeta Esportiva, a maioria da torcida alviverde demonstrou acreditar que Cleiton, de fato, cometeu pênalti em Endrick. Quase 89% do público votante escolheu a opção de que a bola não bateu na mão de Endrick e, depois, o goleiro do Bragantino derrubou o atacante do Verdão — configurando a penalidade máxima, portanto.
Outros 7% acreditaram de que a bola, de fato, bateu na mão do atacante do Palmeiras. Os 4% restantes alegaram que Endrick cometeu falta ao ‘jogar’ o corpo para cima de Cleiton.
Na entrevista coletiva concedida após a partida, o técnico Abel Ferreira demonstrou sua indignação com a não-marcação do pênalti. Confira aqui!
Fonte: www.gazetaesportiva.com
