O coordenador esportivo do Santos, Paulo Roberto Falcão, disse que a postura da Confederação Sul-Americana (Conmebol) tem que ser de muita força e severidade na investigação da denúncia apresentada pelo Peixe.
O caso em questão, trata-se das injúrias raciais sofridas pelo atacante Ângelo e pelo zagueiro Joaquim, que aconteceram durante a partida disputada contra o Audax Italiano, no Chile, pela Copa Sul-Americana.
O jogo aconteceu ontem, quarta-feira (24.05) e o Santos acabou perdendo de virada, por 2 a 1, e se complicou para conseguir a vaga na próxima fase da competição.
“Manifestação triste de racismo e que precisa ser combatida seriamente. Não é possível que a gente tenha tido no mundo a repercussão que tivemos com o caso do Vini Jr. e hoje as pessoas repetem isso aqui. Tem que ter punição”, pontuou Paulo Roberto Falcão, em uma entrevista concedida ao canal “De olho no Peixe”.
Sobre as injúrias raciais
Dessa maneira, logo depois dos 30 minutos do segundo tempo, Ângelo foi substituído para a entrada de Patati, e quando seguia para o banco de reservas, o atacante da Vila viu e ouviu as manifestações criminosas, que vinham das arquibancadas em que estavam os torcedores da casa.
No caso do Joaquim, o racismo veio já fora do campo, em um local do quarto andar do estádio La Florida, onde aconteceu o jogo.
Assim, segundo o Santos, era um local reservado apenas ao staff do Peixe, mais os brasileiros que foram ao estádio. Porém, os torcedores do Audax Italiano tiveram acesso ao espaço.
Portanto, após ouvir os relatos de seus jogadores, os diretores do Peixe procuraram o delegado da partida, e assim registrar a ocorrência em súmula.
Por fim, o próximo passo é aguardar um posicionamento oficial e formal da Conmebol.
“Isso depois de terem feito o que fizeram com o Vinícius Júnior lá (na Espanha). Para você ver que as coisas não param se não tiver medidas sérias. Alguém tem que parar com isso, depende muito das instituições, a gente reclama, a gente lamenta” finalizou Falcão.