Na tarde de hoje (14), Corinthians e São Paulo empataram em 1 a 1, na Neo Química Arena, em partida válida pela sexta rodada do Brasileirão.
Em clássico de pouca emoção e muita reclamação com a arbitragem, uma cena chamou a atenção. O árbitro Bruno Arleu de Araújo paralisou o jogo aos 17 minutos do segundo tempo por cantos homofóbicos. A torcida do Corinthians se referia ao São Paulo como “bichas”. A partida, então, ficou parada por cerca de três minutos.
O jornalista Rica Perrone, que é torcedor assumido do São Paulo, disse em seu canal no Youtube que não concorda com essa paralização.
Primeiro, Rica disse que não se incomoda com esses cantos e entende apenas como uma brincadeira.
“O jogo já estava uma merda, aí, tem uma cena mais constrangedora ainda. A torcida do Corinthians canta uma música que ela sempre cantou e eu como são-paulino me incomodo zero. Eu acho que é só uma piada, não vejo nada demais. Mas, o árbitro tem uma orientação de parar o jogo quando tiver grito homofóbico no estádio, o que é uma grande idiotice”, iniciou.
Jornalista não entende o benefício da paralização
Rica Perrone segue se posicionando contrário, dizendo, principalmente, que essa paralização não tem nenhum efeito prático contra a homofobia.
“O que o árbitro pode fazer em relação a isso? É uma coisa tão colocada para dar uma lacrada, para fazer um impacto midiático, que não faz sentido. O juiz vai falar: ‘olha, gente, o estádio está cantando ‘pra cima delas’, nossa, que perigo para a sociedade’ e para o jogo. Aí, um olha para a cara do outro e só.”
“O que você quer que eles façam? O que esperam do árbitro? E o que acontece no exato momento que ele para? A torcida do Corinthians dobra o volume do canto. Porque o torcedor considera isso uma encheção de saco. Não só o torcedor, como 90% da população”, disse Rica.
Punir o Corinthians não é a solução
Por fim, Rica Perrone entende que punir o clube não seria uma solução justa para acabar com a homofobia.
“E qual efeito prático disso? Não aconteceu nada. E se tirar o mando de campo do Corinthians, você vai punir o Luxemburgo, os jogadores, os massagistas, etc e aqueles 10 mil torcedores que gritaram, não vai acontecer nada. Então, é vazio, é uma lacrada e não uma tentativa de mudar algo”, finalizou.
Rica explica apelido do São Paulo
Em outro momento, o jornalista explica porque o são-paulino tem esse apelido e diz que não tem relação com ser homossexual.
“Isso não ofende e não tem a ver com ser gay ou não. É uma brincadeira ligada ao time do playboyzinho e por isso é o fresquinho, metidinho, do que necessariamente ser gay. Essa brincadeira em cima do São Paulo e do Fluminense é ligado ao riquinho, ao fresquinho”, disse Rica Perrone.
Fonte: www.torcedores.com