Crédito: Raul Baretta/ Santos FC.
A Operação Penalidade Máxima, que investiga esquemas de manipulação de resultados em jogos do futebol brasileiro, pode ter novos desdobramentos dentro do STJD, com a procuradoria deste protocolando recurso para julgar novamente oito atletas envolvidos no caso, entre eles Eduardo Bauermann.
A Rádio Itatiaia e o GE apontam que o tribunal protocolou de forma oficial o recurso, que ainda será apreciado pelo Pleno do STJD, Antes disso, as partes envolvidas deveriam nesta sexta-feira (23) ter apresentado suas respectivas manifestações para a elaboração de um parecer para indicar que haverá a necessidade de um novo julgamento destes envolvidos. A previsão é de que isto aconteça até o começo de julho.
Bauermann
Suspenso por 12 jogos pelo envolvimento no esquema de manipulação de resultados, o zagueiro do Santos é um dos quais a Procuradoria do tribunal deseja julgar novamente. No caso do defensor, os procuradores desejam que o novo julgamento do atleta seja feito com ele sendo denunciado do artigo 243 (atuar deliberadamente de modo prejudicial à equipe que defende) do Código Brasileiro de Justiça Desportiva.
Tal artigo indica pena de 180 a 360 dias de suspensão mais multa, com esta podendo render até banimento do futebol caso haja o agravante de ‘receber qualquer pagamento ou vantagem’ para infringir a regra. Bauermann seria julgado neste artigo, mas a defesa do jogador conseguiu o desqualificar para que este fosse julgado pelo artigo 258 (assumir qualquer conduta contrária à ética desportiva não tipificada pelo Código), cuja punição é bastante reduzida.
Procuradoria do STJD pede revisão de penas de Bauermann e de mais sete https://t.co/ayVHgZJkPw
— UOL (@UOL) June 23, 2023
Outros sete podem ser julgados novamente
Além do jogador santista, ainda mais sete atletas envolvidos na Operação Penalidade Máxima poderão ter que encarar novamente o STJD, com o nome destes incluídos no recurso apresentado pelo tribunal pedindo que suas penas sejam aumentadas.
Destes, apenas um (Igor Cariús) foi absolvido das acusações no primeiro julgamento, com mais dois (Gabriel Tota e Matheus Gomes) sendo banidos pelo tribunal. Os outros quatro, todos receberam penas diferentes (Moraes, Fernando Neto, Lomónaco e Paulo Miranda).
